quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Período pré-colonial

Todos os anos, no Cohatrac, existem festejos religiosos, políticos, beneficentes...
O festejo do qual vou lhes contar um fato, é o de Nossa Senhora de Nazaré, realizado pela igreja católica. É um evento que reúne tipos dos mais diversos: garotos juvenis (com dentaduras no “cafu”, rindo, talvez pro “carvalho”), jovens anabolizados, adultos, velhos, marginais, estupradores, delinqüentes e traficantes.
No tal dia, estava Guguzilla e eu. A noite estava linda, céu estrelado. O terreno repleto de gatinhas, todas solteiras, localizadas em áreas ainda não colonizadas. Elas tomavam de conta do território, todas bem vestidas, cheirosas (Ah! O cheiro...). Era impossível não acender o desejo e despertar o prazer em cada espiada.
Ao percebermos tudo isso, chegamos à conclusão de que aquela situação era um convite à embriaguez. Então tratamos de ir comprar um vinho - aquele do Santo Forte - e ao voltarmos, nos fixamos num local que dava para se ter uma visão melhor de todas as moçoilas. Logo depois avistei uma bela menina. Elegante, com belíssimos traços faciais e corporais, enfim, bem alimentada – criada à base de "ovomaltino, leite com pêra e pão com mortadela"- e procurei compartilhar daquela bela visão com o meu amigo guguzinho. "Olhe para aquela moçoila", eu disse. Ele, ao ver, não deu a importância necessária. Passou os olhos sobre ela como nada tivesse visto. Diante daquela diarréia cerebral dele, que agiu "normalmente" e praticamente me ignorou, senti agredido o meu talento peculiar para detectar beldades.
O que será que deve ter acontecido? Qual terá sido a desgraceira que ocorreu na mente do meu parceiro? Diante de tamanho assombro e não podendo mais conter-me, perguntei a ele, abismado:


"TÁ PERDENDO O GOSTO POR MUIÉ, CUMPADI?!!"

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Luar


Meu desejo é mergulhar no mar do teu amor
Guiar-me com o estrelar que habita em teus olhos
E navegar junto a teus braços

Quero deitar junto a ti
Como o sol faz todos os finais de tarde
E depois, levantar junto a teu seio

Para que eu possa observar minha amada
Bem lá de cima
E seguir seus passos
Amortecidos à areia do luar

sábado, 7 de julho de 2007

Limpeza de Chaminé


Primeiro ele começou a despir sua mente e, logo em seguida, o corpo. Após isso, observou que, já ao chão, ela trajava um vestido branco meio desbotado, com detalhes em azul nas laterais e uma calcinha de renda preta. Percebeu, então, que estava completamente nua. Ela acariciava os seios em movimentos circulares e realizava leves balanços com as mãos sobre os mamilos – a gravidade parecia não fazer efeito sobre eles – tentando seduzi-lo. O espelho do banheiro refletia o nascer de sua sede, antes mesmo de pôr suas mãos a tocá-la. O rapaz tangenciava seu corpo no dela, entretanto ela demonstrava resistência à figura do moço, ao mesmo tempo em que exibia seus traços corporais em movimentos sedutores. E com o passar dos minutos, sentiam-se como se o ar os comprimisse, atritando seus espíritos como se fosse uma orgia de chamas incandescentes, entrelaçadas em meio ao fogaréu. Enquanto a perversão brotava de suas carnes, as gotas de suor embebedavam o ventre de suas almas. Assim aumentava, mais e mais, o prazer do horizonte em tragar com toda indecência o astro rei. Após uma pausa ofegante, se via nítida a imagem de olhos sedentos de cansaço, aglutinados ao ar rarefeito. Depois de um breve silêncio, o rapaz é despertado de um profundo estado hipnótico, depois de ter relatado ao seu psicanalista um acontecimento crucial em sua vida que culminou em desejos sexuais insaciáveis...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Caminhando ao Acaso


Ao abrir a porta, deparou-se com aquela beleza inconfundível. Assim que entrou, deitou seus olhos sobre ela. E antes mesmo de aproximar-se, já sentira o cheiro que aos poucos o enfeitiçava. Daí pra frente, o chão sentia cada passo que se dirigia ao encontro dela. Entretanto, o ar que se misturava a sua respiração ofegante, se debruçava sobre o desejo de tragá-la. Como se ela a sentir, ainda em sono, uma pequena faísca de excitação, devido a vontade animalesca do rapaz em degustá-la, mexeu-se a ficar em posição que aos olhos dele descobrissem, por si sós, o busto cheio: seios volumosos, bem sinuosos e avantajados. Ainda que por cima do lençol...

domingo, 1 de julho de 2007

À Flor de Minha Alma


A saudade não chega a matar...
Mas intensifica o meu verbo
Diz o que falta p’ra mim...

Diz o que falta para te perpetuar em meu peito
Diz o que falta em meus lábios para eternizar-te em minha alma

Não sei mais...

O que se passa em meu sossego...
Com exceção do teu cheiro, do teu gosto, do teu jeito...
Um sabor que só a lua proporciona
Ao olhar o teu gênero!