sábado, 7 de julho de 2007

Limpeza de Chaminé


Primeiro ele começou a despir sua mente e, logo em seguida, o corpo. Após isso, observou que, já ao chão, ela trajava um vestido branco meio desbotado, com detalhes em azul nas laterais e uma calcinha de renda preta. Percebeu, então, que estava completamente nua. Ela acariciava os seios em movimentos circulares e realizava leves balanços com as mãos sobre os mamilos – a gravidade parecia não fazer efeito sobre eles – tentando seduzi-lo. O espelho do banheiro refletia o nascer de sua sede, antes mesmo de pôr suas mãos a tocá-la. O rapaz tangenciava seu corpo no dela, entretanto ela demonstrava resistência à figura do moço, ao mesmo tempo em que exibia seus traços corporais em movimentos sedutores. E com o passar dos minutos, sentiam-se como se o ar os comprimisse, atritando seus espíritos como se fosse uma orgia de chamas incandescentes, entrelaçadas em meio ao fogaréu. Enquanto a perversão brotava de suas carnes, as gotas de suor embebedavam o ventre de suas almas. Assim aumentava, mais e mais, o prazer do horizonte em tragar com toda indecência o astro rei. Após uma pausa ofegante, se via nítida a imagem de olhos sedentos de cansaço, aglutinados ao ar rarefeito. Depois de um breve silêncio, o rapaz é despertado de um profundo estado hipnótico, depois de ter relatado ao seu psicanalista um acontecimento crucial em sua vida que culminou em desejos sexuais insaciáveis...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Caminhando ao Acaso


Ao abrir a porta, deparou-se com aquela beleza inconfundível. Assim que entrou, deitou seus olhos sobre ela. E antes mesmo de aproximar-se, já sentira o cheiro que aos poucos o enfeitiçava. Daí pra frente, o chão sentia cada passo que se dirigia ao encontro dela. Entretanto, o ar que se misturava a sua respiração ofegante, se debruçava sobre o desejo de tragá-la. Como se ela a sentir, ainda em sono, uma pequena faísca de excitação, devido a vontade animalesca do rapaz em degustá-la, mexeu-se a ficar em posição que aos olhos dele descobrissem, por si sós, o busto cheio: seios volumosos, bem sinuosos e avantajados. Ainda que por cima do lençol...

domingo, 1 de julho de 2007

À Flor de Minha Alma


A saudade não chega a matar...
Mas intensifica o meu verbo
Diz o que falta p’ra mim...

Diz o que falta para te perpetuar em meu peito
Diz o que falta em meus lábios para eternizar-te em minha alma

Não sei mais...

O que se passa em meu sossego...
Com exceção do teu cheiro, do teu gosto, do teu jeito...
Um sabor que só a lua proporciona
Ao olhar o teu gênero!